RELAÇÕES INTERNACIONAIS
E a entrada da Venezuela no Mercosul. Que complicações pode trazer?
A Venezuela aderiu ao Mercosul em maio de 2006, em uma solenidade na cidade de Caracas e terá 4 anos para adequação ao bloco.
A questão da Venezuela é importante. Por um lado, faz todo o sentido que a economia venezuelana faça parte do Mercosul, que integre essa comunidade sul-americana, mas por outro, o Governo venezuelano está hoje longe de ser um Governo que respeita os direitos humanos, a democracia, etc. Apesar de ter sido eleito democraticamente. Então isso cria problemas, porque a agenda do presidente venezuelano é uma agenda de confronto. Confronto com os EUA, com o uso de uma política radical. E isso cria um problema para os outros países da região. Também não é positivo para a Comunidade Andina, de que a Venezuela já é membro. A Venezuela indo para o Mercosul vai enfraquecer a posição dessa comunidade e isso também cria um problema para a região.E na relação com a União Europeia?Para a União Europeia ainda não é um grande problema porque a Venezuela ainda não está plenamente integrada do ponto de vista económico, mas é claro que na hora de ter que acertar um acordo o parlamento da Venezuela vai ter de se pronunciar. Então Caracas vai ter quase um direito de veto sobre um possível acordo entre União Europeia e Mercosul. E o problema é que a estratégia diferenciada da Venezuela pode não ser compatível com a agenda comercial do Brasil e da Argentina.
Apesar da entrada da economia venezuelana no Mercosul fazer sentido, a agenda de confronto do Presidente Hugo Chávez pode criar problemas para os restantes países do grupo, defende o professor Alfredo Valladão. Um problema que não se estende, por enquanto, à negociação de um possível acordo comercial com a União Europeia, atualmente paralisado.
E a entrada da Venezuela no Mercosul. Que complicações pode trazer?
A Venezuela aderiu ao Mercosul em maio de 2006, em uma solenidade na cidade de Caracas e terá 4 anos para adequação ao bloco.
A questão da Venezuela é importante. Por um lado, faz todo o sentido que a economia venezuelana faça parte do Mercosul, que integre essa comunidade sul-americana, mas por outro, o Governo venezuelano está hoje longe de ser um Governo que respeita os direitos humanos, a democracia, etc. Apesar de ter sido eleito democraticamente. Então isso cria problemas, porque a agenda do presidente venezuelano é uma agenda de confronto. Confronto com os EUA, com o uso de uma política radical. E isso cria um problema para os outros países da região. Também não é positivo para a Comunidade Andina, de que a Venezuela já é membro. A Venezuela indo para o Mercosul vai enfraquecer a posição dessa comunidade e isso também cria um problema para a região.E na relação com a União Europeia?Para a União Europeia ainda não é um grande problema porque a Venezuela ainda não está plenamente integrada do ponto de vista económico, mas é claro que na hora de ter que acertar um acordo o parlamento da Venezuela vai ter de se pronunciar. Então Caracas vai ter quase um direito de veto sobre um possível acordo entre União Europeia e Mercosul. E o problema é que a estratégia diferenciada da Venezuela pode não ser compatível com a agenda comercial do Brasil e da Argentina.
Apesar da entrada da economia venezuelana no Mercosul fazer sentido, a agenda de confronto do Presidente Hugo Chávez pode criar problemas para os restantes países do grupo, defende o professor Alfredo Valladão. Um problema que não se estende, por enquanto, à negociação de um possível acordo comercial com a União Europeia, atualmente paralisado.
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