sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

ECONOMIA-Reservas internacionais/Exportação para China contribuiu com reserva


As exportações brasileiras para a China foram o principal fator responsável por elevar o País à condição de credor externo, na avaliação do economista Raul Velloso. De acordo com ele, o Brasil produz o que a China precisa, como minério de ferro e soja. "E nós temos isso com abundância", disse o economista. "As nossas exportações para a China aumentaram muito, e entrando muito dólar, começou a sobrar e nós passamos a aplicar essa receita adicional. Deixamos de ser o devedor contumaz do resto do mundo. Somos um aplicador líquido e não um devedor líquido". Ontem, o Banco Central informou que o Brasil passou a ser credor externo, fato inédito na história do País. Isso significa que as reservas internacionais e outros ativos, dinheiro aplicado no exterior, são maiores do que a dívida externa. As reservas e os ativos são em dólar. Velloso lembrou que quando sobra dólar no País o Banco Central compra a moeda e aplica em fontes consideradas seguras, como títulos do governo norte-americano. "No passado a gente era um grande devedor. Estávamos sempre pedindo dinheiro lá fora. E tínhamos a dificuldade de não ter dólares suficientes para arcar com todos os compromissos, por isso tínhamos que tomar dólar emprestado. Agora, em vez de tomar dólares, estamos emprestando", explicou Velloso.

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